TSH tem importância capital na avaliação funcional dos nódulos tiroidianos
Alterações no exame sugerem doenças específicas e contribuem para o raciocínio diagnóstico

A dosagem de TSH é o exame de escolha para a avaliação funcional dos nódulos tiroidianos. Quando os níveis do hormônio estão normais, apesar de o diagnóstico mais provável ainda ser de nódulo benigno, deve-se continuar a investigação com  ultrassonografia e punção aspirativa por agulha fina (PAAF), de acordo com os critérios de tamanho e risco de malignidade. Contudo, valores de TSH suprimidos ou subnormais sugerem nódulos tóxicos, enquanto um resultado elevado aponta para a hipótese de tiroidite crônica autoimune (ou de Hashimoto).


Representando 10% dos casos, os nódulos tóxicos são encontrados mais frequentemente em idosos e podem estar acompanhados de sinais de tirotoxicose, como perda de peso e arritmia, já que, nesses pacientes, as manifestações do hipertiroidismo apresentam-se menos intensamente do que no jovem (hipertiroidismo apático do idoso). Assim sendo, convém caracterizar o grau do distúrbio com dosagens de T4 livre e, uma vez confirmado o diagnóstico, prosseguir a investigação com mapeamento da glândula para verificar se a lesão é hiperfuncionante.

De qualquer modo, os nódulos autônomos são quase sempre benignos e visualizados à cintilografia de tiroide como áreas hipercaptantes, dispensando a PAAF. No entanto, a presença de nódulo em indivíduo com doença de Basedow-Graves merece maior atenção, devendo ser feita a punção se ele for hipocaptante.

01 de outubro de 2014